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A casa tem vida

  • Foto do escritor: Mariana milani
    Mariana milani
  • 5 de ago.
  • 1 min de leitura

Acordei as 5:30h sem despertador e não foi por uma urgência imparável intestinal.

Apenas aconteceu, abri os olhos como janelas que abrem para arejar ar limpo em uma casa fechada.


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Calcei as chinelas e fui até a pequena sacada do apartamento, lá de cima avistei a rua e não havia carros passando, apenas um letreiro de uma velha oficina clareava o asfalto molhado pela chuva da madrugada, olhei para cima e vi pequenos pontos de luz brilhando no céu – foi nesse exato momento que aconteceu o mistério da aurora.


Um silêncio irreconhecível permeava (acreditem se quiserem) o centro de São Paulo, abri todas as janelas da casa e deixei entrar esse espectro misterioso chamado sossego, junto com ele veio a uma convidada muito apurada – a brisa da manhã.


Fiquei ali na sala, sentada perto da mesa, assistindo os convidados correrem pela casa sussurrando seus segredos.


A casa vai criando vida conforme os convidados vão adentrando.

As folhas das plantas dançam, o relógio da cozinha marcha em um compasso perfeito como dois soltados incansáveis, o gato da casa se levanta em uma espreguiçada genuína de felino selvagem de apartamento.



Hoje é um grande dia, ainda tenho todo ele pela frente.

Como é bom acordar cedo, desperta, lucida e de cabeça limpa.



De pijamas,

Marimi


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