Me chamo Vilma e estou doida por ti.
- Mariana milani
- 5 de ago.
- 2 min de leitura
Sentada em um café, desses baratos que você encontra em qualquer esquina do bixiga. Fiquei na mesa perto da entrada, ora lia o jornal, ora bebericava um pingado sem açúcar.
De longe escutava as conversas, o bom dia apressado, o tilintar dos talheres de pessoas desanimadas.
E no meio das meias cinzentas e sapatos pretos, em uma mesa afastada, sentava-se uma mulher de cabelos cacheados, vestia uma capa de chuva verde e usava um bracelete de serpente no braço direito. Ninguém notava a sua presença, sentia-se um fantasma ali. Era como se a solidão fizesse parte de sua existência.
Os pedidos seguiam sendo anotados, pessoas entravam e saiam olhando em seus relógios, apressadas para começar o dia.

E em um rompante, ela se levantou e sentou-se no balcão principal.
A atendente, de cabelos amarrados no alto da cabeça e batom levemente borrado, aproximou-se e perguntou o que perguntava a anos naquele recinto:
- Vai tomar o que hoje?
E ela sem pestanejar, respondeu:
- Uma atitude, é o que vou tomar hoje – disse em alto e bom som – me chamo Vilma e estou doida por ti.
O tempo ficou suspenso, parado no ar, não se ouvia mais ruído nenhum.
Todos as pessoas já não se sentiam mais apressadas. Olhavam em direção ao balcão principal, era como se quem estivesse ali naquela manha, tivesse se transformado, a coragem de Vilma tinha mudado a manhã de todos.
A coragem nos desafia a olhar para as situações que se arrastam desde o passado – porque, escutem o que vou dizer, lá bem la no fundo, guardadinho no inconsciente, temos receio de fazer mudanças. - Então queridas leitoras, façam de hoje um dia diferente, assumem as rédeas do seu animal selvagem, sejam sagas e faça o que precisa ser feito.
- A bebericar uma atitude
Marimi









Comentários